Eu estava no desempenho das minhas funções, quando percebi que havia perdido algo muito valioso para mim, sem tempo para me refazer me deram a missão de administrar uma Unidade Prisional Feminina em uma das cidades da Grande São Paulo, ali ressignifiquei os fatos e considerei uma futura transição de carreira.
Mais próxima do universo feminino pude observar as dificuldades, vulnerabilidades que as mulheres enfrentam no seu dia a dia, e que por falta de suporte emocional para o seu desenvolvimento pessoal e de outros setores, lá estavam privadas de sua liberdade. A cada história de vida contada por essas mulheres ia crescendo o incômodo e a necessidade de fazer algo.
Me identifiquei com o estudo da mente e do comportamento humano e descobri que era exatamente isso que a Psicologia fazia, então estava decidida a minha nova escolha.
Dar o primeiro passo não foi tão simples assim, experimentava novas sensações todos os dias: a insegurança, medo do desconhecido, incertezas, outros sentimentos que nem conseguia nomear. Até que um dia após uma situação de extremo risco, tive que rever as minhas posições e dar um dos passos mais importantes da minha vida.
Sem conseguir questionar o que a vida me impusera, eu apenas segui os passos que ela me apresentava, a partir daí tudo fez sentido. Hoje digo com a mais absoluta certeza de que sou feliz, completa e realizada. Falar sobre a Psicologia encanta, mas vivê-la fascina!